Uma das modalidades de compra de imóveis mais populares aqui no Brasil é o financiamento imobiliário, por conta das diversas vantagens que ele proporciona e também pelas condições de pagamentos mais flexíveis, principalmente para pessoas com a renda mais baixa. Mas e quando você já adquiriu um bem financiado, será possível fazer o financiamento do segundo imóvel?
Muitas pessoas têm dúvidas a respeito dessa transação, uma vez que o contrato de financiamento pode ser longo. Porém, existem formas que permitem a realização do financiamento de um segundo imóvel, bem como novas alternativas para comprar uma casa ou apartamento, como o leilão, que vem ganhando bastante destaque no mercado.
Se você não sabe muito bem como fazer esse financiamento de um segundo imóvel, continue por aqui para entender melhor sobre o processo e o que é necessário. Veja também quais são as opções disponíveis e as restrições para esse tipo de negociação. Vamos lá?
Como funciona o financiamento do segundo imóvel?
A compra de um imóvel faz com que o comprador analise diversos aspectos, como um planejamento financeiro, pesquisa e escolha pela melhor opção, bem como todas as burocracias envolvidas, ainda mais se você estiver ligado a um financiamento.
E quando você for comprar um segundo imóvel, por meio dessa modalidade, existem duas excelentes opções: o financiamento simultâneo ou o refinanciamento. Veja mais a seguir!
Financiamento simultâneo
Esse tipo de serviço é muito difícil de ser encontrado em instituições financeiras, que não permitem que o cliente se comprometa em um outro financiamento estando com um primeiro em aberto. A Caixa Econômica Federal, que é o banco que mais realiza financiamentos nos Brasil, havia proibido esse serviço desde março de 2015.
Porém, em 2016, essa prática de financiamento simultâneo voltou a ser permitida, possibilitando ainda mais recursos para os clientes. O financiamento simultâneo funciona da mesma forma que o primeiro, onde o comprador passa por uma análise de renda para comprovar que ele vai conseguir arcar com os dois contratos. Essa modalidade ainda permite que o banco financie até 70% do valor, sendo necessário que a pessoa dê uma entrada de, no mínimo, 30%.
Agora, se o segundo imóvel for usado, o cliente tem a possibilidade de financiar até 80% do valor do bem. O banco vai solicitar todos os documentos para comprar imóvel, fazer uma análise e depois determinar se o crédito imobiliário será ou não aprovado.
Nessa análise, o banco avalia o quanto a renda do comprador está comprometida com o outro financiamento, para poder aprovar este novo. O valor da renda que poderá ser disponibilizado para ambos os contratos não pode ultrapassar 30% da renda do cliente.
Mas, mesmo assim, mesmo que a renda do comprador seja capaz de arcar com dois financiamentos simultâneos, é necessário ficar atento sobre qual linha de crédito ele possui e qual linha de crédito ele pretende entrar. O programa Minha Casa Minha Vida, por exemplo, visa atender pessoas que não possuem um imóvel, então quem está querendo financiar o segundo não poderá utilizar os benefícios desse programa.
Refinanciamento
Agora, um refinanciamento se trata da troca de um contrato de financiamento por outro, fazendo como se fosse uma troca do imóvel antigo pelo novo. Esse tipo de serviço deve ser disponibilizado pela mesma instituição financeira que fez o seu primeiro financiamento. Quando o novo crédito é concedido, o cliente poderá fazer a alteração dos prazos e valores que foram contratados.
Fazer um refinanciamento pode ser uma ótima alternativa para quem está endividado com o primeiro, pois ele pode renegociar a dívida, oferecer o que já foi pago como entrada e o primeiro imóvel como garantia. Depois, é só fazer as mudanças dos termos do contrato e arcar com o novo financiamento.
Porém, esse tipo de mudança deve ser muito bem analisada, pois ela só valerá à pena se o comprador estiver optando por uma linha de crédito mais vantajosa do que a anterior, como juros mais baixos e parcelas menores que se enquadram em sua renda.
Como foi mencionado, o refinanciamento pode utilizar o imóvel antigo como garantia, mas essa não é a única vantagem desse serviço. Com o refinanciamento, você ainda conta com menos burocracia, uma vez que é feita uma renovação de um contrato já existente, o que torna o processo bem mais simples do que se fosse realizada uma nova contratação.
O novo crédito também é liberado com mais rapidez, pois o seu agente financeiro já terá todas as informações e documentos que comprovam a renda, que foi analisada no primeiro financiamento. Então, assim que for aprovado, o empréstimo sai bem rapidinho.
Você ainda consegue fazer a alteração do valor, solicitando um crédito bem maior do que foi acordado no contrato anterior. Além de uma renegociação do prazo para o pagamento, diluindo assim as parcelas que serão pagas ao longo do tempo.
Quais as restrições do uso do FGTS para o financiamento?
O uso do FGTS para o financiamento do seu primeiro imóvel não vai impedir que ele seja utilizado para financiar um segundo, desde que você tenha saldo suficiente para tal. Entretanto, é importante que o primeiro imóvel esteja totalmente quitado.
Existem, ainda, algumas restrições quanto ao uso do fundo de garantia. Veja:
- ele só poderá ser utilizado para um imóvel que seja em uma cidade diferente do primeiro;
- é necessário que o comprador more ou trabalhe na região onde quer adquirir o segundo imóvel;
- o comprador não pode ter nenhum financiamento ativo no Sistema Financeiro de Habitação (SFH);
- o saldo do FGTS somente será liberado se ele não tiver sido utilizado nos últimos 3 anos;
Como usar o imóvel atual na compra do segundo imóvel?
Como foi mencionado, você pode utilizar o seu imóvel atual para comprar um novo. Nesse processo, você oferece o bem como entrada para o novo que pretende adquirir. O valor restante relacionado à diferença dos preços dos bens poderá ser financiado, como é feito do formato tradicional.
Esse tipo de serviço é previsto pela lei e pode ser feito com apartamentos, casas, lotes, lojas comerciais e imóveis na planta. Ele ainda permite que você pague menos para o imposto de renda, pois as regras da transação realizada não são específicas.
Por fim, vale a pena mencionar que uma excelente alternativa para comprar o seu segundo imóvel é por meio de um leilão de imóveis. Essa modalidade traz preços bastante atrativos e que fazer valer a pena um segundo financiamento. Você pode até mesmo investir e depois alugar seu imóvel novo, para garantir uma boa fonte de renda.
O que achou do nosso conteúdo? Gostou de entender melhor sobre como funciona o financiamento do segundo imóvel? Se quiser conhecer mais sobre leilão de imóveis, veja aqui tudo o que você precisa saber sobre o assunto.