Diante da instabilidade econômica, muitas pessoas procuram diferentes alternativas para comprar imóvel, seja para morar ou investir, que sejam mais baratas. É uma forma de adquirir propriedades mais em conta por meio de leilões! Se você quer saber como funciona o leilão de imóveis, achou o lugar certo para obter informações!
De fato, o leilão é uma boa alternativa para adquirir imóveis com bons preços, uma vez que os valores das propriedades podem ser até 60% menores do que a avaliação de mercado. Porém, como em todos os segmentos, é necessário ter atenção às negociações, além de escolher bem a empresa para realizar a compra. Ela deve ser idônea e especializada, para evitar contratempos.
Se você ainda não conhece muito sobre o universo dos leilões, fique tranquilo, pois não é necessário ser nenhum especialista. Neste artigo, vamos explicar sobre o que é um leilão de imóveis, como ele funciona, bem como locais onde é possível participar. Boa leitura!
O que é um leilão de imóveis?
Um leilão de imóveis, é uma forma disponível para adquirir imóveis que não exige negociação entre as partes. A compra é, na verdade, uma forma de disputa em que os interessados fazem os lances, e quem apresenta a melhor oferta leva a propriedade.
É entendido como uma modalidade de compra pública, da qual qualquer pessoa, seja física ou jurídica, pode participar, Dessa forma, o eventual comprador consegue arrematar algum item conforme o lance oferecido, caso ele seja o maior.
Como funciona
O lance se refere a um valor proposto que você deseja pagar pelo bem. Cada um dos imóveis de leilão já vem com um preço mínimo definido. Ao selecionar o imóvel que deseja, você oferece lances e participa de uma disputa para ver quem estipula o maior valor. Fique atento para não extrapolar as suas condições financeiras.
O leilão termina quando alguém faz uma oferta que ninguém mais vai cobrir e, assim, arremata o bem, caso o valor mínimo estipulado para a venda seja atingido. Caso contrário, é possível que outra solenidade seja agendada para nova tentativa que possibilite a aquisição por quem tiver interesse.
Quais são os tipos de leilão de imóveis?
Há várias opções de leilão de imóveis que você pode encontrar em sites na web. Contudo, é necessário ficar atento para não cair em armadilhas ao acessar páginas na Internet. Existem golpes sendo aplicados, razão pela qual é necessário averiguar a legitimidade dos leiloeiros e instituições. Veja a seguir os principais tipos de leilões!
Leilão Judicial de Imóveis
O leilão judicial é quando um bem é leiloado em função de qualquer processo judicial, com o cumprimento dos termos do Código do Processo Civil. Ele acontece quando há a penhora de bens para o pagamento de dívidas, como por exemplo: uma empresa está devendo indenização para um funcionário, mas não tem dinheiro para quitar.
Então o juiz determina a penhora dos bens e leiloa, assim a dívida do empregador será quitada. Em um leilão judicial, a oferta pública é feita pelo leiloeiro por meio de um edital. Nesse documento devem estar dispostos o horário e data da primeira e segunda praça do leilão e os valores de lance mínimo.
O preço da primeira praça é determinado conforme o valor de avaliação do imóvel. Já a segunda é cerca de 50% do lance mínimo correspondente à avaliação. Esta avaliação do imóvel é feita por um perito designado pelo juiz que cuida do processo ou então por um oficial de justiça.
Leilão Extrajudicial de Imóvel
Já o leilão extrajudicial ou leilão de alienação fiduciária, como também pode ser chamado, é a modalidade feita sem necessidade de um processo legal. Esse é o caso que abrange os imóveis que vão a leilão por conta de inadimplência no pagamento de um financiamento imobiliário.
O leilão extrajudicial surgiu pela necessidade de as instituições financeiras recuperarem mais rapidamente os imóveis que foram financiados e que entraram em dívida por parte do comprador.
Por meio da Lei 9.514/1997, que dispõe sobre alienação fiduciária de imóvel, o banco arremata a posse do bem financiado para colocá-lo novamente à venda em um leilão e, assim, conseguir recuperar o dinheiro sobre a dívida contraída.
Quais são as possibilidades de participar de um leilão?
Os leilões de imóveis podem ser realizados presencial ou virtualmente. Em um leilão presencial é necessário que você compareça ao local onde o processo será realizado, na data estabelecida e horário marcado, levando seus documentos pessoais. Já em um leilão virtual, é preciso fazer um cadastro prévio no site do leiloeiro.
Assim você acompanha virtualmente todos os detalhes, os lances que estão sendo dados e cada informação do imóvel leiloado. O leilão online é uma modalidade que proporciona diversas vantagens, já que por meio da tecnologia é possível participar à distância, no conforto do lar.
Existem casos em que o leilão pode ser feito de maneira presencial e online simultaneamente. Ou seja, os interessados reunidos no local do leilão e os participantes virtuais participam de uma disputa igualitária pelos bens ofertados.
É possível uma pessoa colocar um imóvel para leilão?
Existem empresas especializadas em leilões que possibilitam que qualquer pessoa, seja física ou jurídica, anuncie seu imóvel para leilão, pois esta é uma modalidade segura e transparente de colocar o imóvel em uma disputa, podendo o vendedor até receber um valor maior do que esperava.
Estas empresas ficam responsáveis por organizar o leilão e realizar a negociação, o que traz segurança e comodidade à pessoa que deseja vender o seu imóvel.
Quais são os benefícios em comprar um imóvel em leilão?
Conforme comentamos, há diversos benefícios que na compra de um imóvel em um leilão, tais como:
- imóveis vendidos por preços até 60% menores do que o mercado;
- possibilidade de financiamento desses imóveis;
- compra de imóveis em excelente estado de conservação e que já estão desocupados;
- variedade de oportunidades em todo o Brasil;
- possibilidade de comprar desde imóveis residenciais, comerciais e até mesmo rurais;
- transparência nas negociações;
- qualquer pessoa que deseja adquirir um imóvel pode participar.
Como você pode perceber, a compra de imóveis é uma ótima alternativa e qualquer um pode participar. Seja para fazer um investimento em um imóvel mais barato ou até mesmo para morar.
Qual é a importância de estudar o mercado de leilão de imóveis?
Antes de entrar em um leilão e dar um lance, é importante estudar esse mercado para conhecer melhor o seu funcionamento. Essas solenidades agregam valor ao setor imobiliário e você precisa saber alguns aspectos, como tempo de retorno do investimento, valor a ser investido, riscos que serão assumidos, formas de pagamento etc.
Os leilões podem ser considerados uma forma de investimento, já que os bens imóveis valorizam consideravelmente no decorrer do tempo. Mas eles também podem ser úteis para empreendimentos que trarão lucros e isso requer tempo de estudo, obtenção de conhecimento prévio para dar lances, escolher as unidades imobiliárias e transformá-las em dinheiro ou fonte de renda.
Quem pode participar de leilões de imóveis?
Normalmente, qualquer pessoa que apresente condições financeiras necessárias pode participar desse tipo de processo. Contudo, há algumas restrições que podem impedir a participação de algumas pessoas, conforme comentamos a seguir:
- restrições judiciais — pessoas condenadas por crimes financeiros ou fraude;
- proprietários com inadimplências — o proprietário do imóvel a ser leiloado pode ser impedido de participar devido à existência de dívida relacionada ao imóvel;
- limitações financeiras — algumas pessoas podem não apresentar condições financeiras suficientes para participar de um leilão, principalmente quando o imóvel oferecido tem um preço elevado.
Nesse sentido, é importante verificar as regras do leilão antes de participar desse evento, pois algumas limitações adicionais podem ser exigidas pelo leiloeiro ou pelo vendedor.
Quais são os cuidados necessários para adquirir um imóvel em leilão?
A aquisição de imóveis em leilões é um negócio muito atrativo porque o preço desses bens será menor e ficará abaixo dos valores praticados no mercado. Porém, é necessário prestar atenção em diversos detalhes para não haver arrependimentos futuros. Algumas dicas podem ajudar na hora de participar de um leilão.
Ler o edital
Verifique com cautela e antecipadamente todos os dados inseridos no edital, como:
- conservação do imóvel;
- valor mínimo da venda;
- comissão da empresa leiloeira;
- informações do proprietário;
- pendências como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU);
- taxas de condomínio, energia elétrica e água, entre outros.
São débitos que geram despesas extras para as quais o arrematante deve estar preparado.
Visitar ao imóvel
Visite o imóvel com antecedência para conhecer as suas estruturas e a viabilidade da aquisição. Um corretor de imóveis poderá acompanhá-lo para explicar detalhes como localização e preço de mercado. Certifique-se sobre a necessidade de realizar reformas para ter certeza de que o negócio trará benefícios e se o local onde está situado é valorizado.
Verificar possíveis taxas em atraso
É possível que o proprietário anterior não tenha quitado as taxas de IPTU e condomínio. São compromissos pelos quais você ficará responsável. Dessa forma, é importante atentar para esses detalhes para evitar mais despesas.
Dar preferência a imóveis desocupados
Segundo pesquisas divulgadas pela revista Exame, esses imóveis são raros, representando apenas 12% dos disponíveis em leilões. Ou seja, 88% dos imóveis leiloados no país se encontram ocupados. E retirar uma pessoa que perdeu o próprio imóvel por conta de dívidas pode ser um processo demorado e caro. Além disso, o imóvel pode estar em péssimas condições devido à falta de recursos.
Dessa forma, assegure-se de que o imóvel que está sendo leiloado esteja realmente desocupado antes de participar do leilão. Procure essas informações no edital, pois o documento refere se a residência está ou não ocupada. Isso é relevante porque os honorários advocatícios e custas judiciais para a imissão na posse custam caro e o processo demora um tempo até ser julgado.
Consultar um advogado
É essencial contar com um acompanhamento jurídico desde o início. Isso porque um advogado pode identificar demais dívidas do imóvel, do proprietário atual, bem como ações judiciais que podem impactar o leilão, além de garantir a defesa de seus interesses quando necessário.
Por isso, não deixe de consultar um profissional especializado na área do Direito Imobiliário ou solicite uma consultoria jurídica sobre o leilão e imóvel descrito no edital. Esse profissional vai avaliar os riscos da aquisição e explicar se dar um lance será um bom negócio. Tire todas as suas dúvidas sobre execuções judiciais, dívidas fiscais, processos trabalhistas etc.
Planejar o lance com antecedência
É importante considerar que nem todos os vendedores que participam de leilões permitem financiamentos. Alguns, inclusive, exigem uma entrada de, no mínimo, 30% do valor do imóvel. Assim, é importante ter cuidado para não oferecer lances maiores do que sua capacidade financeira.
É possível financiar imóvel adquirido em leilão?
Sim, os imóveis adquiridos em leilão podem ser financiados diretamente com o banco. A propósito, essa é uma excelente opção para quem deseja economizar nos gastos na hora de comprar um imóvel.
Também é possível financiar os imóveis em leilões judiciais por meio de depósito em juízo. Contudo, é importante observar que a aquisição de um imóvel em um leilão também envolve desafios e riscos, como possíveis dívidas e a desocupação do imóvel pelo antigo proprietário.
Por isso, é fundamental estar ciente das regras e procedimentos do leilão, além de ter um acompanhamento jurídico para defender seus interesses. Assim, é possível obter boas condições e fazer um bom negócio.
Quais os próximos passos após adquirir o imóvel em leilão?
No final do leilão, e tendo um lance vencedor, a empresa leiloeira expedirá o “Auto de Arrematação”, documento que deve ser lavrado de imediato. Ao arrematar um imóvel em leilão também é necessário fazer o depósito judicial do valor da arrematação ou da garantia, bem como a comissão do leiloeiro, de 5% no prazo especificado no edital. A falta desses pagamentos acarretará multa para o arrematante e perda do direito adquirido.
Após a assinatura do Auto de Arrematação pelo Juiz, os interessados têm um prazo de 10 dias para apresentar impugnações quanto à realização do leilão. Caso não ocorram ou o juiz julgá-las improcedentes, serão realizados os procedimentos para expedir esse documento.
O arrematante precisa providenciar a Guia para recolhimento do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). O comprovante desse pagamento é uma das peças do processo para a emissão da Carta de Arrematação. Além disso, é preciso apurar e quitar todas as despesas com a execução, bem como as relacionadas à comissão ao leiloeiro
A Carta de Arrematação é um documento jurídico, que transfere ao arrematante os direitos de propriedade do imóvel. Mas ter efetividade, esse documento precisa ser levado ao Cartório de Registro de Imóveis, onde o bem foi registrado, para ser realizada a transferência dos direitos de propriedade ao arrematante
Agora você já teve acesso a todas as informações sobre como funciona o leilão de imóveis e como participar desse tipo de evento! Para ter sucesso, esteja preparado para oferecer um lance vencedor e escolha uma empresa idônea, como a VIP Leilões. Saiba, ainda, que é possível economizar alguns recursos para ser o próximo arrematante ou contar com o auxílio de uma instituição financeira.
E aí? O que achou do nosso conteúdo? Gostou de aprender um pouco mais sobre como funciona um leilão de imóveis? Quer saber mais sobre as opções de leilão online? Entre em contato conosco!