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Carro econômico: como fazer a escolha certa?

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Em plena era da eficiência energética, muito tem se discutido sobre a importância de ter um carro econômico. Mas é justamente nesse ponto que muitos consumidores se confundem, pois nem sempre sabem identificar um modelo que poupa combustível. Com isso em mente, elaboramos este post sobre o tema, em que respondemos a definição desses carros e demais curiosidades importantes. Agora, acompanhe!

O que caracteriza um carro econômico?

Essa é uma dúvida bastante comum entre os consumidores. Os carros econômicos são aqueles modelos que priorizam a autonomia, ou seja, apresentam baixo consumo de combustível. Com isso em mente, se torna bem mais fácil identificar veículos dessa categoria.

Mas talvez você esteja se perguntando: onde está a confusão nesse tema? Afinal de contas, a resposta parece ser bastante óbvia, não é mesmo? Pois bem, caro leitor, a confusão está em como a maioria dos consumidores entende o significado da palavra “econômico”.

A ideia de economia está vinculada ao baixo preço no momento da compra, ou seja, para muitos o carro mais econômico é o mais barato e com motor menos potente. Mas essa é uma abordagem errada, pois a economia de um veículo se mede por meio da despesa que ele gera com combustível durante o seu uso.

É justamente por isso que os carros econômicos nem sempre serão os mais baratos. Inclusive, esse é o tipo de situação que podemos ver nos veículos com motores turboalimentados, uma tecnologia que permite entregar maior potência e aceleração, com menor consumo de combustível.

É nesse exemplo que percebemos que investir mais em um carro acaba sendo mais econômico no longo prazo, já que as versões turbinadas custam um pouco mais caro do que os veículos comuns (chamados de aspirados), porém a sua economia de combustível é maior. Inclusive, aqui vale fazer um destaque do motivo que faz a alternativa mais potente ser, também, a mais econômica.

Os veículos turbo apresentam maior torque logo nas rotações mais baixas, tornando o carro mais arisco e ágil. Já os aspirados só alcançam o teto de seu torque no regime final do conta-giros, exigindo que o condutor acelere mais para alcançar o mesmo vigor durante a arrancada.

Como consequência, os condutores de carros turbo acabam “pisando menos”, pois não precisam da mesma agressividade para alcançar partidas rápidas e sustentar altas velocidades. Como exemplo disso na prática, veja os números de potências nas duas versões de um modelo da Volkswagen:

  • Polo 1.0 TSI (turbo), desempenha 128cv de potência e 20,4 kgf.m de torque em 2 mil RPM;
  • Polo 1.6 MSI (aspirado), desempenha 117cv de potência e 16,5 kgf.m de torque em 4 mil RPM.

Como pôde ver acima, além de possuir um motor menor — que também contribui à economia — o Polo turbinado entrega 19% de potência a mais, com a metade do esforço do motor, em 2 mil rotações por minuto. Além disso, também vale fazer uma consideração aos veículos híbridos, que combinam o motor à combustão tradicional a um conjunto elétrico, capaz de entregar médias ainda melhores que os compactos turbinados.

Como fazer a escolha certa do carro econômico?

Para os interessados no segmento, existe uma métrica bastante tradicional e prática para aferir a eficiência energética de um veículo, em que se mede a quilometragem percorrida por litro de combustível, o famoso km/l. Sendo assim, a escolha de um carro econômico passa, inevitavelmente, pela seleção de um modelo com alto km/l.

Como exemplo, confira os cinco modelos com as melhores marcas de consumo no Brasil!

Toyota Prius 1.8 (H)

Com marcas aproximadas de 18,9 km/l no trajeto urbano e 17 km/l no circuito rodoviário.

Volkswagen Up! TSI (G)

Com marcas aproximadas de 14,3 km/l no trajeto urbano e 16,3 km/l no circuito rodoviário.

Fiat Mobi 1.0 (G)

Com marcas aproximadas de 13,6 km/l no trajeto urbano e 16,1 km/l no circuito rodoviário.

Chevrolet Prisma 1.0 (G)

Com marcas aproximadas de 13,1 km/l no trajeto urbano e 15,8 km/l no circuito rodoviário.

Land Rover Evoque SETD4 (D)

Com marcas aproximadas de 11,9 km/l no trajeto urbano e 15,8 km/l no circuito rodoviário.

Os rótulos significam a forma de abastecimento, em que se representa:

  • H como Híbrido;
  • G como Gasolina;
  • D como Diesel.

Por que optar por um carro econômico ao invés de um modelo mais barato?

Basicamente, por se considerar o longo prazo, sobretudo aos proprietários que farão uso constante desse veículo. Afinal de contas, o preço dos combustíveis brasileiros tem flutuado consideravelmente nos últimos anos, fazendo com que todos busquem alternativas eficientes à redução desses gastos.

Por conta disso, é muito importante que você adquira um veículo originalmente econômico, capaz de economizar nos postos de combustível mesmo que os preços estejam altos. Com isso, você evita a instalação de soluções alternativas, como o Kit GNV, que, apesar de entregar uma economia substancial ao proprietário, drena a potência do motor, que passa a apresentar entre 50% e 70% do desempenho da sua configuração original.

Por último e não menos importante, vale lembrar dos crescentes incentivos concedidos aos proprietários de veículos econômicos. Tratando-se de híbridos, podemos utilizar o Toyota Prius como exemplo que, em algumas capitais, garantem ao proprietário vantagens como:

  • devolução de 40% do IPVA e isenção do rodízio obrigatório em São Paulo;
  • alíquota do IPVA em 1,5% no Rio de Janeiro.

Isso acontece porque o menor consumo de combustível também reflete em uma menor emissão de gases nocivos à atmosfera. Com isso, esses modelos acabam sendo benéficos às metas de emissão que as cidades precisam cumprir.

Progressivamente, os próximos anos serão repletos de incentivos municipais e federais, com estímulos aos consumidores que migrarem para soluções mais limpas e econômicas, como os híbridos e elétricos.

Você sabia que deixar seu carro mais econômico também depende de você? 

Por fim, ainda é importante lembrar a participação do motorista na tarefa de fazer com que seu carro seja considerado econômico. Afinal de contas, é fundamental que o proprietário tenha uma condução tranquila para atingir boas médias de consumo, evitando acelerações desnecessárias, frenagens bruscas e altas velocidades dentro de áreas urbanas.

Para além disso, também é fundamental que se obedeça ao calendário de revisões e manutenções programadas pela montadora. Assim, você garante a melhor durabilidade possível ao seu carro, uma vez que estará substituindo todos os componentes periodicamente, evitando o aumento no consumo de combustível que seria causado pela sobrecarga das peças em operação.

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